O INÍCIO
A PRIMEIRA SANFONA
Foi o próprio Coronel Aires quem realizou o grande sonho de Gonzaga: possuir sua primeira sanfona. Tal instrumento custava a importância de cento e vinte mil réis, Gonzaga tinha só a metade, a outra o próprio Coronel adiantou, quantia esta paga mais tarde com o fruto do seu trabalho de sanfoneiro. O primeiro dinheiro ganho com a nova sanfona foi no casamento de Seu Dezinho, na Ipueira, onde ganhou vinte mil réis. Tal convite viera aumentar sua fama, começa ali a ser um respeitado sanfoneiro na região.
O PRIMEIRO AMOR
Casamento? Gonzaga só pensava nisso. Comprou até aliança. Queria casar com Nazinha, filha do Seu Raimundo Milfont, um importante da cidade. O pai da moça ao tomar conhecimento das intenções do aprendiz de sanfoneiro, não permitiu o namoro. "Um diabo que não trabalha, não tem roça, não tem nada, só vive puxando fole". Gonzaga não hesitou, indignado, comprou uma peixeira, tomou umas truacas (cachaça), quis brigar, quis matar, mas acabou levando outra surra de Santana. Dessa vez fugiu triste para o mato, mas com uma idéia fixa na cabeça: entrar para o Exército.GONZAGÃO GANHA O MUNDO
SEUS AMORES
Na solidão da cidade grande, distante de sua família e do seu pé-de-serra, Gonzaga não dispunha de ninguém que dele cuidasse. Apesar de estar morando com seu irmão Zé, demonstrava vontade em construir seu próprio lugar, sua própria família. Teve diversos amores o mais conhecido foi com a corista carioca Odaléia Guedes, em meados do ano de 1945, tendo-a conhecida já grávida, assumindo e registrando como seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior - Gonzaguinha. Apesar de ser bastante exigente Gonzaga finalmente encontra o que procurava, Em 1948 conhece a pernambucana Helena Cavalcanti, tornando-a sua secretária particular e mais tarde sua companheira. Tal união estendeu-se até perto de sua morte. Não tiveram filhos, pois era estéril.O SUCESSO
O apogeu do Baião perpassou a segunda metade da década de 40 até a primeira metade da década de 50, época na qual Gonzaga consolida-se como um dos artistas mais populares em todo território nacional. Tal sucesso é devido principalmente à genialidade musical da "Asa Branca" (composição dele com Humberto Teixeira), um hino que narra toda trajetória do sofrido imigrante nordestino.
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
A partir de 1953 Gonzaga passou a apresentar-se trajado com roupas típicas do Sertão Nordestino: chapéu (inspirado no famoso cangaceiro Virgulino Ferreira, O Lampião, de quem era admirador), gibão e outras peças características da indumentária do vaqueiro nordestino. Alia-se a esta imagem a presença de sua inconfundível Sanfona Branca - A Sanfona do Povo. Com o surgimento de novos padrões na música popular brasileira, o apogeu do Baião começa a apresentar sinais de declínio, apesar disso, Gonzaga não cai no esquecimento, pelo menos para o público do interior, principalmente no Nordeste. Todavia, foi o próprio movimento musical juvenil da Década de 60 - notadamente Gilberto Gil e Caetano Veloso, este último e depois Gonzaguinha regravando ambos o sucesso Asa Branca, responsáveis pelo ressurgimento do nome Gonzaga no cenário musical do país. Em março de 1972 em show realizado no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, marca o reaparecimento de Gonzaga para as platéias urbanas. Nessa época retorna às paradas de sucesso como "Ovo de Codorna" cuja autoria é do nordestino Severino Ramos.
A VOLTA PRA CASA
Após longo período de atividade profissional, cerca de 35 anos, é chegada a hora de retornar a sua terra natal. Em Exu dá início à construção do tão sonhado Museu do Gonzagão, localizado às margens da BR-122, dentro do Parque Aza Branca (escrevia desta forma por pura superstição, embora soubesse do erro ortográfico). Lá se encontra o maior acervo de peças pertencentes ao Rei do Baião: suas principais sanfonas, inclusive a que tocou para o Papa em Fortaleza; suas vestimentas; seus discos de ouro; troféus; diplomas; títulos; fotos e presentes a ele ofertados ao longo de sua brilhante carreira. Além do Museu, o Parque abriga também o Mausoléu da família, lanchonete, grande palco de shows, várias suítes para acolhimento de visitantes, a casa de Vovô Januário, lojinha de souvenir e a casa grande de onde Gonzaga observava a sua pequena Exu.Referencias : http://www.gonzagao.com/historia_de_luiz_gonzaga.php
I MISSA DO VAQUEIRO
NO PARQUE CULTURAL “O REI DO BAIÃO”
A
Diretoria do Parque Cultural “O Rei do Baião”, localizado na Comunidade São
Francisco, município de São João do Rio do Peixe, estado da Paraíba já elaborou
a programação da I Missa do Vaqueiro a ser realizada naquela Comunidade, no dia
oito de agosto do corrente ano de 2014. Tem como metas principais homenagear o
saudoso vaqueiro Raimundo Jacó que deu o nome às festividades de Serrita-PE. E
implantar essa festa popular em homenagem aos vaqueiros dessa vasta região
nordestina.
UM BREVE HISTÓRICO DE RAIMUNDO JACÓ
Raimundo
Jacó Mendes nasceu em 16 de Julho de 1912 no município de Exu-PE e era primo
legítimo de Luiz Gonzaga. Apesar da pouca idade, sua inteligência e coragem lhe
renderam a experiência que foi reconhecida pelo proprietário do Sítio Lajes, em
Serrita, que lhe deu o emprego de vaqueiro, em sua fazenda.
Raimundo
Jacó se destacou através de feitos que despertaram a admiração de muitos e a
inveja de outros. Entre os invejosos estava Miguel Lopes, com quem passou a ter
uma rixa.
Narra
a história que, o dono da fazenda ordenou que Jacó e Miguel Lopes fossem pegar
na caatinga uma rês, arisca e estimada, que se afastou do rebanho, no dia 8 de
julho de 1954.
Ao fim
do dia Miguel Lopes voltou à sede da fazenda, sozinho, sem comentar sobre Jacó
e a rês. Os outros vaqueiros preocupados, no dia seguinte saíram à procura de
Raimundo Jacó e em meio a caatinga encontraram-no morto, ao lado da rês ainda
amarrada e o seu fiel cachorro latindo, sem sair de perto. Uma pedra manchada
de sangue denunciava a covardia do assassinato.
Miguel
Lopes foi incriminado, abriu-se um processo, mas foi arquivado por falta de
prova e o crime ficou sem solução, caindo no esquecimento.
Tomando
conhecimento disso, Luiz Gonzaga protestou com a música intitulada “A Morte do
Vaqueiro”.
O
assassinato de Raimundo Jacó deu origem a esse evento religioso chamado A Missa
do Vaqueiro.
Fonte:
Wikipédia (editado).
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